domingo, 27 de novembro de 2011

Toto La Momposina, Calle13 & Maria Rita em Latinoamerica

Na noite de ontem, fui apresentada a Toto La Momposina: colombiana de uma sonoridade e sensibilidade incrível... Conheci também Calle 13, duo porto riquenho que dominou o Grammy esse ano, ganhando 9 dos 10 prêmios aos quais concorreram. Após ouvi esses dois novos nomes, senti um orgulho dandado da minha "latinidade". E olha que achei Toto La Monposina, Calle 13 e Maria Rita cantando uma belíssima canção, postada abaixo. Me emocionei horrores ao ouvir. Vale a pena! Posto a letra e o link do vídeo no Youtbe (ainda agora escrevendo, me emociono...).

http://www.youtube.com/watch?v=DkFJE8ZdeG8

Latinoamerica (Calle 13, Toto La Monposina e Maria Rita)

Soy... soy lo que dejaron

Soy toda la sobra de lo que te robaron
Un pueblo escondido en la cima
Mi piel es de cuero, por eso aguanta cualquier clima


Soy una fábrica de humo
Mano de obra campesina para tu consumo
Frente de frío en el medio del verano
El amor en los tiempos del cólera, ¡mi hermano!


Si el sol que nace y el día que muere
Con los mejores atardeceres
Soy el desarrollo en carne viva
Un discurso político sin saliva

Las caras más bonitas que he conocido
Soy la fotografía de un desaparecido
La sangre dentro de tus venas
Soy un pedazo de tierra que vale la pena


Una canasta con frijoles,
Soy Maradona contra Inglaterra
Anotándote dos goles
Soy lo que sostiene mi bandera
La espina dorsal del planeta, es mi cordillera


Soy lo que me enseñó mi padre
El que no quiere a su patría, no quiere a su madre
Soy América Latina,
Un pueblo sin piernas, pero que camina


Tú no puedes comprar el viento
Tú no puedes comprar el sol
Tú no puedes comprar la lluvia
Tú no puedes comprar el calor

Tú no puedes comprar las nubes
Tú no puedes comprar los colores
Tú no puedes comprar mi alegría
Tú no puedes comprar mis dolores


Tengo los lagos, tengo los ríos
Tengo mis dientes pa' cuando me sonrio
La nieve que maquilla mis montañas
Tengo el sol que me saca y la lluvia que me baña
Un desierto embriagado con peyote
Un trago de pulque para cantar con los coyotes
Todo lo que necesito,
Tengo a mis pulmones respirando azul clarito
La altura que sofoca,


Soy las muelas de mi boca, mascando coca
El otoño con sus hojas desmayadas
Los versos escritos bajo la noches estrellada
Una viña repleta de uvas
Un cañaveral bajo el sol en Cuba


Soy el mar Caribe que vigila las casitas
Haciendo rituales de agua bendita
El viento que peina mi cabellos
Soy, todos los santos que cuelgan de mi cuello
El jugo de mi lucha no es artificial


Porque el abono de mi tierra es natural


(Vamos caminando) No riso e no amor
(Vamos caminando) No pranto e na dor
(Vamos dibujando el camino) El sol...
No puedes comprar mi vida
(Vamos caminando) LA TIERRA NO SE VENDE




Trabajo bruto, pero con orgullo
Aquí se comparte, lo mío es tuyo
Este pueblo no se ahoga con marullo
Y se derrumba yo lo reconstruyo


Tampoco pestañeo cuando te miro
Para que te recuerde de mi apellido
La operación Condor invadiendo mi nido


!Perdono pero nunca olvido!


Vamos camimando
Aquí se respira lucha
Vamos caminando
Yo canto porque se escucha


Vamos caminando
Aquí estamos de pie
¡Que viva la américa!


No puedes comprar mi vida...




segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Fim de semana

Dormi agarradinha com o filhote hoje, acordei e dei de cara com um dia lindo: radiante, ensolarado e à tarde quando olhar para o céu de novo a sensação será de areia no vidro...
Hoje, demorei 2 horas a mais pra chegar ao trabalho por conta de uma paralisação, motivo pelo qual tive essas exatas duas horas a mais de sono, dentro do ônibus. Resultado: trabalho acumulado e fim de olheiras! Arrisco dizer que nos últimos tempos estou mais bonita, risos.
Percebo hoje que pequenas coisas me conferem o equilíbrio: dormir, ler e sobretudo dividir a minha vida com Caio: quando ele chega em casa, nada mais importa e a minha mente gira em torno de tudo que eu preciso fazer e meu corpo se move: dar comida, banho, café, ver as atividades da escola, checar os lençóis da cama, ver se as janelas estão abertas, pegar na orelha dele ver se tá com frio, cheirara a toalha de banho, conferir o estoque de merenda, mandar escovar os dentes, lavar os pés e organizar tudo que vamos precisar para o dia seguinte. Aí, na sequência, penso no que ele vai comer no outro dia, no almoço, nos planos para o próximo fim de semana e todo esse alvoroço de coisas me traz uma paz incrível... E para as outras coisas difíceis um amigo e um café me bastam.
A linha do equilíbrio emocional é muito tênue, e o estrago quando ultrapassamos ela é quase sempre desastroso. É como a linha do Equador, embora a gente não veja ela tá ali pra delimitar e dizer: a partir daqui temos outras situações. Então, eu, que já conheço a bandida da linha, decidi agir como um engenheiro: se não posso e não quero atingí-la mais, sob nenhuma condição, terei que definir limites de controle, faixa dentre a qual eu posso me movimentar emocionalmente com tranquilidade. Nada de duras penas. Nada de extremos, Nada de radical. Apenas dormir, pegar meu filho, sair de cena quando não puder mais divertir ninguém. Um processo de auto terapia assistido. Perder o equilíbrio é sair da condição humana e comportar-se temporariamente como um animal, então lembro de um trecho do livro Ensaio sobre a Cegueira ( J. Saramago): "Se não formos capazes de viver inteiramente como pessoas, ao menos, façamos tudo para não viver inteiramente como animais."
Assim, decidi compartilhar Saramago como máxima da semana.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Caio, Maitê, amor e relações.

O amor da minha vida eu já encontrei, tem nome, é de carne e osso e me ama também. Agora falta encontrar alguém com quem eu possa me relacionar. É que o homem da minha vida não cabe em mim, e eu não caibo nele. Não basta que a gente se queira há anos. Pra mim, não presta que ele me visite pra acabar com as saudades e depois saia correndo, se esconda e fique pernas bambas.

Não tem sido suficiente o amor para se viver um amor. Eu e ele temos sido as Cruzadas da Idade Média, o Osama e o Tio Sam; o apartheid, o Feitiço de Áquila... Sua dúvida me perturba e a minha clareza o ofusca. Tenho fascínio pelo plutão que ele habita e ele vive intrigado pela minha Vênus, mas, quando eu falo vem, ele entende vai, ele olha o mar enquanto eu avisto a montanha.... Quando eu peço paz, ele quer guerra. Preciso explicar cada centímetro do meu caminho e no final continua sem entender nada.

Temos discordado sobre o tempo, sobre a cor das persianas, sobre os telefonemas não dados, sobre as mágoas guardadas. O desacerto é de lascar, e não dormirei nunca mais com ele porquê não há cama que resista a tanta confusão: um dia a cama cai.

A gente vive, amadurece, a gente fica cada vez melhor e entende que nem todo amor passa com 3 meses. Entende também, o texto de Chico, dito pela cafetina Vitória lá na Ópera do Malandro, anos atrás:

... o amor não é um ócio
o amor não é um vício
o amor é sacerdócio
o amor é sacrifício...
 
Pensando nisso, decidi: não quero mais o amor da minha vida ocupando o lugar de amor da minha vida. Há de haver um amor tão bom quanto, que me desperte coisas boas me esperando em alguma esquina desse mundo, talvez no ônibus ou na mesa ao lado. Alguém que faça com que eu me sinta novamente um pão quente com manteiga: alguém pra quem eu me derreta toda e diga: sirva-se!

Haverá alguém pra apreciar o meu carinho, que goste do meu cheiro, suporte a minha tpm, acredite na minha terapia, alguém que ainda queira cuidar de mim. Na verdade, as qualidades podem até variar, mas depois de tudo que eu vivi, existem defeitos que considero indispensáveis. 

Meu amor tem que ter um certo ciúmes de mim e reclamar quando eu precisar viajar pra longe. Deve se meter com a minha roupa, implicar com meu corte de cabelo, achar que eu sou bagunceira, distraída e que eu não sei dirigir. E, toda vez que ele se surpreender: poxa, vc fez isso tudo sozinha? eu direi que foi um milagre! Este amor deve me pedir pra cozinhar, levar nosso filho na escola, chegar mais tarde no trabalho na segunda feira pra sentir meu cheiro por mais duas horinhas. Deve querer nosso lar impecável e cheio de flores, e é indispensável que se aborreça quando isso não acontecer. Ele irá me buscar no trabalho e me leverá direto pra casa, nada de madrugadas na rua! Desejo enfim que meu amor me reprima um pouco, e que me tolha as liberdades - esse vôo alucinante e sem rumo anda me dando um cansaço danado.

...num instante acho que vou morrer
no outro me sinto plena olho para minhas pernas e busco resquícios do amor que um dia me fez. não acho.
E sinto.
E sinto a falta que você me faz.

E o meu pequeno, estranhando a falta dos meus sorrisos durante algum tempo, me pergunta:
- Mãe, porquê alguém te faz chorar e vc fica triste assim? 
- Porquê no amor a gente tem que fazer tudo que puder pra dar certo.
- Mãe, você fez o que podia?
- Sim, agora sim.
- Então da próxima vez que você quiser chorar, se lembra que você já fez tudo que podia e não fica mais assim, eu estou aqui.

Não sei de onde essas coisinhas tiram tanta maturidade nesses momentos, mas não é que ele tem razão? Poderia ser simples assim, mas e aí? Como eu poderia sentir tantas coisas?

Sim, e Maitê Proença? Aí é que tá, fora o homicídio assistido, ela sou eu com maturidade e olhos verdes.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Amor de Perdição readaptado ( @Lila Vieira, coisas que sinto assim como todos sentem...)

De volta à casa na qual viveu, encontrou a cama com cobertas limpas, o guarda roupa vazio e recém arrumado e o rack da sala com uma vida de objetos e memórias. Livros, agendas, cartas, recortes, fotos, cds, bibelôs e uma infinidade de miudezas narravam o que palavras não seriam exatas para expor. De algum modo, o que mais se fazia notar ali era uma ausência. Lembrou disso quando o rádio começou a tocar "The heart is the matter".
Anos antes, meses antes teve uma de suas piores brigas com o então grande amor da sua vida. Não saberia dizer hoje porque brigaram na época, mas aconteceu. Com medo de perdê-lo, passou noites em claro, pela primeira vez em sua vida. Ao amanhecer, saiu cantando "the heart is the matter" e carregando alguns livros e dentro do livro, inúmeras cartas que havia escrito durante todo o tempo em que esteve fora.
Tinha muitas coisas ainda naquela casa. Cds. Outros objetos. O quarto do filho. A cama em que tantas vezes tentaram se amar onde tudo começou e se arruinou. Mas nenhum deles pareciam adequados um ao outro. Não mais. Naquele momento, fosse como fosse, a história deles já era um épico - e épicos não podem ser encerrados sem um final à altura, mas ainda assim partiu jurando pra si mesma que se perdoava, partiu acreditando que o futuro seria generoso com seu novo amor....

domingo, 16 de outubro de 2011

WTF?



Club Milano, Italy, October 15-2011

-WTF? She is drinking Rum!!
-What's wrong? Rum is available, also...
- WTF? She is drinking Rum, ONLY IT!
_________________
 In one place like this, I really need to be drunker to have fun! 
_________________
- OMG, 20, You can not do it! 
- But Calcium it's good for bones!
________________
Diana Kruger & body language

 Nota: O rum é uma bebida alcoólica obtida a partir da fermentação do melaço e posterior destilação.
 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Felicidade...

Três coisas hoje, sobre assuntos diversos me deixaram muito feliz:

1. Sobre o amor materno (1)
- D. Silvia dizendo que minhas roupas estão lavadas e no cabide esperando por mim. D. Silvia dizendo que me ama muito!
2. Sobre o amor materno (2)
- Caio dizendo que vai me dar mais de 1000 beijos, que já falou pra todo mundo na escola que a gente vai viajar e que fica muuuuuiiito feliz quando eu digo a ele que estou orgulhosa. Caio dizendo que me ama muito.
3. Sobre a amizade e a experiência
Uma amiga me dizendo o seguinte:  "Olha só....lembro de uma conversa nossa (minha e sua) sobre sermos mãe...é dificil para vc e para mim...damos o que podemos... Demorei para poder melhorar da merda que fiquei... E vc me ajudou muito... me mostrou que não era o fim do mundo! A luta pelo equilíbrio é diária...Não queria ver uma lutadora como vc, que me motivou a procurar ajuda ...desistir...". Acabou dizendo que me ama muito.

 próxima tatoo@costas bem lindona

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Outono

Hoje é um típico dia de Outono em Izmit. O sol está escondido sob as nuvens, e, por vezes conseguimos ver alguns raios de sol; está ventando e faz um pouco de frio. De alguma maneira incrível as árvores que estão sob minha vista, amanheceram mais marrons... Há também mais folhas no chão do que ontem. As árvores estão mudando, ganhando a sua forma mais rústica para aguentar o inverno que vem pela frente, e, embora tenham estejam perdendo o colorido, o outono confere a elas uma aparência toda especial, essa aparência mecausa algumas sensações, sei lá, traduzo como força. Por que as folhas caem, vem o inverno e em seguida teremos cores e flores novamente, e assim a natureza se adapta aos invernos e verões extremos, cada um trazendo sua beleza e tristeza...
São 15:18 em Izmit, estou tentando falar com meu filho para dizer a ele a importância das folhas marrons do Outono. Estou tentando falar com ele, para dizer quantos emails e mensagens de "Estamos com saudade" mamãe já recebeu hoje. Estou tentando ligar pra ele para fazer a minha saudade menor. Pra diminuir o meu frio. Estou tentando ligar pra ele só pra ouvir a voz dele, porquê assim como eu não posso controlar a saudade do verão, a chegada do Outono, não posso controlar mais um monte de coisa....
Bem vindo Outono! Seja generoso comigo, ensine-me a enfrentar o inverno, assim como as árvores o aprendem...
Foto by Roberta Reis - Basel, Switzerland.