sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Por que há o direito ao grito, então eu grito!

Mainha já voltou pra Suiça, o que, além do toda mudança que está acontecendo, causou um rebuliço a mais em minhas vísceras.... Que ausência doída de lascar... saudadezona...

Resolvi escrever hoje, por quê escrever me alivia, acho que é isso. Também, em determinados momentos da vida ficamos mesmo mais líricos, já disse Rubem Alves que ostra feliz não faz pérola....

Depois de uma trilogia Saramago: Caim, Ensaio sobre a cegueira e Intermitências da morte, migrei para Clarice Lispector para ver se minimizo a chance de me converter ao ateísmo. Adoro Saramago! Ele provoca em mim reflexões muito grandes e intensas sobre a nossa existência e comportamento. Clarice não, Clarice (com o perdão da obviedade!) é mais mulher: puro sentimento, é um questionamento interior, pessoal, ela me esmiuça, desintegra e traduz cada caquinho do que é vivido.

Depois do período de sambas e pagodes (muito bom por sinal!!!!), tenho me dedicado as tarefas domésticas - não com o mesmo talento do pagode, tenho que confessar: montar móveis, arrumar casa, reorganizar a vida e a rotina... nessa reorganização troquei os livros de análise de custos, sistemas de gestão de qualidade, por leituras mais prazerosas e altamente recomendáveis. Aceito sugestões.

Ri muito e lembrei  muito de alguém quando li: infinitamente belo, insuportavelmente efêmero. Adorei saber que alguém no mundo tb teve essa sensação devastadora... Tudo é comum... E como já cantou Gilberto Gil: que eu, que dois, que dez, que dez milhões, todos iguais...

Encerro com uma imagem cheia de saudade das mulheres da minha vida...