segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Matilde - La cambiadora de cuerpos

Programa obrigatório pra todos:
O que: Matilde, La cambiadora de cuerpos
Quem: Cia A4, direção Hebe Alves
Onde: Teatro Vila Velha
Quando: de 24 de setembro até 17 de outubro, sexta a domingo, às 20h
Quanto: R$10,00 (às sextas) e R$20,00 (aos sábados e domingos)

Crítica em:
http://becocultural.com.br/?p=11891

Ainda sobre a peregrinação.

Já estou no Brasil. Coisa boa é voltar pra casa. Acabei de baixar as centenas (sem exagero, especificamente pouco mais de 5 centenas) de fotos que tirei durante a viagem. Infelizmente não foram na minha Super Canon Profissa, mas foram numa boa Nikon S6000 compacta: boa resolução, bom zoom óptico, bons recursos.
Adoro viajar, e quando me refiro a isso não falo apenas a conhecer os lugares como turista, falo em tentar viver um pouco a cultura local, em sentí-la de forma mais densa. Nesse sentido, foi tudo muito proveitoso.
Agora posso pincelar um pouco, com calma, sobre o que vi e vivi, principalmente sobre a vibração de Barcelona e nobreza de Luzern.
Estive pela segunda vez em Barcelona, pq acho uma cidade fantástica e, tantas vezes eu volte à Europa voltarei lá. Não é a mais bela, nem a mais rica, tampouco a mais organizada. Mas, é a mais viva. Mais vibrante. Mais alegre como apenas as cidades litorâneas conseguem ser. O modernismo de Gaudí é expressivo. O bairro gótico é encantadoramente medieval. As praias são livres, mas isso é tudo. Barcelona não é o destino preferido de gente rica ou de gente que parece ter sido desenhada (não mesmo!) por isso é tão real, tão acolhedora. E esses espanhóis são meio brasileiros: na dança, na ginga, na cerveja gelada...
Já Luzern é cara, é nobre, pontual, silenciosa e particularmente linda, aliás minto: lindíssima. A vista do Monte Pilatus é uma das coisas mais bonitas que eu já pude ver, com uma companhia esplêndida. Mas é uma beleza aristocrata, como se os próprios alpes limitassem a sua capacidade de explorar sua beleza. É claro que Luzern pra mim abriga o que há de mais precioso na vida: amor, alguns dos meus amores, o que a faz, aos meus olhos, de uma beleza assustadora. Lá no outono faz frio, principalmente pra todo bom baiano como eu, que aos 20 graus já liga o chuveiro no superquente. Mas não é aquele friozinho. Frio mesmo, abaixo de 15ºC. As coisas ficam menos sensíveis no frio, acho que por isso lá se fala alemão: frio.
Na minha terra firme, Pátria amada, tudo de novo acontece: novas perspectivas apontam que 2011 será um ano muito bom. Agora, Salvador abre as portas para a primavera, e, embora não tenhamos os melhores transportes do mundo, a melhor distribuição de renda, os menores índices de desigualdade ou as maiores possibilidades de viver dignamente, com o sol chega a gratidão que temos pelo mar está aqui, pelas festas de largo e pelas bençãos que virão, pelo acarajé e pelo dendê, e ainda o orgulho pela fala doce e cantada do meu povo, que muitas vezes me decepciona, mas que me orgulha por nunca perder a capacidade de sorrir, de trabalhar e de receber bem o verão!