segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sobre amigos e política

Ter dinheiro é bom, mas ter amigo... vixe! Acho que Jacques Wagner sentiu isso ao ver a Praça Castro Alves lotada em seu comício ao qual muitos foram graças a presença de Lula.

Domingo de sol em Salvador, rolou praia não, mas o clima esquentou (depois da muqueca e da skol obviamente) quando três baianas, uma paulista, uma paranaense e uma pernambucana resolveram discutir sobre a retirada das barracas de praia da orla, sobre o caso Bruno e sobre a obrigatoriedade do voto no Brasil. Tantos pontos de vista quanto naturalidades. Acho duas coisas: primeiro que com a internet (que é o meu caso, meu blog...huahuahauhau) todo mundo acha que pode achar alguma coisa sobre qualquer achado e falar sobre isso tranquilamente. Segundo, sobre os tópicos acima, em todos os casos (exceto o Bruno ainda não concluído) vence o lado com maior poder, o lado mais articulado.

Voltando à política, no comício realizado no Campo grande, último dia 27, diga-se de passagem Wagner apaticamente representando o PT na Bahia, Lula brincou com o público dizendo que ano que vem, não é mais presidente, vai vir passear em Salvador e precisa de barraca de praia pra tomar uma cervejinha. Todos políticos de mostraram bastante envolvidos com o tema, cheios de reuniões, porém acho que faltou a apresentação de plano, projetos que possam ser discutidos, questionados, implementados. Muito tempo para um falatório vazio. Pena de barraqueiro quem deve sentir é o eleitorado. Prefeito, governador, presidente têm todas ferramentas na mão (advogado, senado, dinheiro, poder, sociólogos, assistentes sociais, arquitetos, etc, etc, etc...) para começar a resolver a questão. Mas mesmo eu com esse meu pensamento tosco, depois de ouvir o discusso do cara, achei que tava explicado todo seu populismo. É uma fala abrangente, que atinge várias camadas da sociedade. Primeiro porque o cara é carismático. Segundo que é bem assessorado. Terceiro porquê é contador de história, no bom sentido da palavra, faz analogias simples, bem humoradas, tipo Jesus e suas parábolas.

No mesmo comício, Lula disse ainda pra Otto Alencar, nascido e criado Carlista - como é sabido por todo bom baiano, que não imaginou que ele (Otto) vestiria a camisa (da aliança com o PT) em tão pouco tempo. Risos na geral, mas o que é a política senão concessões em função do bem comum? Ao contrário, sinto-me feliz que isso aconteça, as alianças, assim como a oposição, tem o seu valor: as alianças trabalham para garantir a continuidade do poder, tentando assegurar a satisfação do eleitorado maior. A oposição por sua vez, segue tentando pressionar, fiscalizar, exigir, pela vontade de chegar ao poder...

Pouco satisfeita com a atuação dos nossos candidatos a governador, seja pela trajetória política, seja pelo discusso, seja pelas associações de legendas com figuras bizarras (LeuKrete, Tiririca, Mulher pêra, melão....) para conseguir votos pra legenda, sigo analisando com carinho as propostas de campanha de cada um, porquê o meu voto eu não dou assim de graça não!

Quem sabe minhas amigas não topem esse assunto para o nosso próximo encontro?



Observação: enquanto isso vou decorando os jingles, e verdade seja dita "Você se lembra de mim?... A-ACM meu amor..." acho que é a top de linha né????