sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Dia das Crianças


Nunca liguei muito pra datas especiais sejam aniversários, datas de namoro, casamento, dia de mãe, pai, avó dentre tantas outras datas que parecem terem sido criadas apenas pra atormentar quem tem e quem não tem o que comemorar.

Mas, especialmente esse ano, tenho um motivo a mais para celebrar o dia das crianças: sou mãe em duplicata agora, isso significa que tenho, assim como tantas outras mulheres que conheço, a dupla missão de me equilibrar entre as lutas diárias e a saudade dos pequenos prazeres roubados por elas: o resultado da equação é a inúmera quantidade de oportunidades pra brilhar que surgem em sustos e certezas de que tenho feito o melhor para conduzir meus pequenos pedaços de algodão doce em caminhos melhores que os meus e de tons mais verdes, como a esperança tem que ser...

Nem tudo é perfeito nesse caminho, ao contrário disso, Kriptonitas se materializam e sugam as forças da gente quase que diariamente: as contas da casa, o carro quebrado, aquela pessoa que insiste em saber se você bebe, se fuma, se trepa, uma pia de prato sujo ou aquele olhar que julga o tempo inteiro insinuando que o fato de ser mãe te desumaniza: tsc, tsc, tsc... Ser mãe pra mim é assumir a feliz responsabilidade por uma vida, é um estado de felicidade e plenitude acerca de todo o ônus (que existe sim!) que o ser MÃE carrega, conscientemente de que o amor, de fato, ajuda a suportar todas as pressões: eu não imagino como seria a minha vida sem ter um lugar para voltar, no qual sou sempre invadida pela ternura e o mundo parece novo quando acordo a cada manhã e planejo mais uma vez como serão os próximos dias – em grande parte das vezes, sai tudo diferente! Mas querem saber? É UMA MARAVILHA IGNORAR O FUTURO.

Por mais difícil que seja assumir o papel de Mulher na condição que a vida hoje se apresenta, repito que nós, mulheres, somos extremamente fortes porque entendemos que A FORÇA NÃO VEM DO VENCER, A FORÇA VEM DO LUTAR, e quando eu olho as fotografias deles, que ainda nem amarelaram, todas as dificuldades parecem ter sido holográficas: é como se a gente dormisse e elas perdessem muito de sua violência inicial...

Então, agradeço muito e incansavelmente aos meus filhos que em suas invencíveis doçuras bagunçaram a minha ordem e ordenaram a minha bagunça de uma maneira quase que perfeita: encheram de vida os espaços vazios, despertaram meus instintos de proteção, carinho, cuidado e fizeram de mim um ser humano tão mais humano.

 Emprestei a eles a minha vida e em alguns momentos quando penso no quanto acho que gostaria de ter ela de novo todinha pra mim, é justamente o instante em que eles sorriem...a eles dedico as minhas melhores qualidades foram eles que me tornaram rocha forte.

Entendendo que fui agraciada com a benção da maternidade, agradeço aos meus filhos por de alguma maneira terem me escolhido e lembro a todas as mães, que acima de tudo, que, daqueles que um dia foram semente em nosso ventre, brota a coragem, coragem de mulher com a imensidão do M de Mãe, de Mar e de Muito....

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