sábado, 19 de junho de 2010

Um dia, um adeus...


Confesso não sentir muito pelas celebridades. Seja com sua glória, escândalos, fofocas, fracassos... A vida dos anônimos sempre me pareceu mais interessante: mais natural, mais espontânea, sem muita maquiagem ou corretivo.
Mas ontem confesso que fiquei bastante abalada. Não, abalada não seria o termo, talvez pensativa, sentida ou tristonha com a morte de José Saramago. O homem que desafiou deus; este não deixou por menos: "deus existe, levou Saramago antes de acabar com Ele!", como disse um anônimo amigo meu (by facebook).
Saramago tinha uma escrita densa, provocativa, reflexiva, deliciosamente irônica e divertida. Saramago traduzia as minhas dúvidas e questionamentos sobre deus e sobre os Homens, ainda que nem sempre me levasse a respostas exatas, me conduzia a um bom caminho para encontrá-las. Saramago mexia com o que há de melhor e de pior em mim, como ser humano.
Enfim, a morte de Saramago conseguiu provocar o meu lado tiete (nem do chiclete, nem da Ivete que fique bem claro!). Mas como todas as coisas vivas da vida, ele também estava sujeito a um adeus um dia.
"As melhores armas contra a morte são o amor e a literatura." José Saramago.
Descanse em paz.

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